00h00 - sábado, 22/07/2017

Arménio Lourenço:
"mestre" da madeira

Arménio Lourenço: "mestre" da madeira

GNR na reforma, Arménio Lourenço aprendeu novo a arte de talhar a madeira e hoje é um verdadeiro "mestre" a fazer cadeiras com assento de buinho, colheres de pau e outros utensílios em madeira.
"É uma coisa que vem de família e uma coisa que gosto mesmo de fazer. E dá para ir empatando o tempo e não pensar nas maleitas da vida", confidencia o artesão de 74 anos, natural de Aljezur e que trabalha em conjunto com a mulher, Maria José Lourenço.
Arménio Lourenço chegou ao concelho de Odemira em 1970, em nome da lei e da grei. Militar da GNR, começou por viver em Colos e há cerca de três décadas que vive em São Miguel. Entre as rondas e os turnos já se ia entretendo com a arte que aprendeu no seio da família, com o avô e o pai. Mas desde que se reformou que leva o ofício a sério, fazendo tudo aquilo que lhe pedem.
"Faço qualquer coisa. Basta trazerem-me uma fotografia e a partir daí começo a desenvolver o meu trabalho", garante o artesão, que nas suas peças utiliza diversos tipos de madeira. "Se for para cadeiras faço em madeira de pinho, mas se forem colheres, garfos, facas ou outros utensílios uso madeira dura, seja de laranjeira, de limoeiro, de nespereira ou de pessegueiro… Tudo árvores de fruto com caroço, que são boas para fazer isto", explica.
O resultado final, afiança, é de qualidade. Afinal de contas, essa é a única forma de trabalhar que conhece. "Quem compra as minhas peças são pessoas que me conhecem e sabem que é material bom", sublinha Arménio Lourenço, que se orgulha de nunca ter falhado um compromisso. "Se dou a palavra é para cumprir, mesmo que isso dê prejuízo".
Os trabalhos de Arménio Lourenço são hoje uma referência no artesanato do concelho de Odemira e podem ser novamente vistos na FACECO, feira que o artesão só falhou na primeira edição, em 1989. Desde então tem marcado sempre presença no certame, de onde guarda boas memórias.
"Era um espectáculo digno de se ver! Punha-me a trabalhar e muitas das vezes tinha de parar, que o pessoal começava a rodear-me e chegava a um ponto que eu não conseguia respirar. Para verem como se trabalhava e como se fazia as coisas", lembra Arménio Lourenço, que muito provavelmente fará este ano a sua última FACECO. "As dores já são muitas", lamenta.


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