Constituída por sete municípios do Alentejo Litoral e do Baixo Alentejo, a AMAGRA apresenta actualmente um quadro financeiro "completamente estabilizado" e com capacidade para realizar investimento. Exemplo disso são a construção e posterior selagem do antigo aterro e a construção do actual aterro, obras avaliadas em mais de um milhão de euros cada.
"A AMAGRA tem tido um bom planeamento e tem feito um regime de poupanças que lhe tem permitido fazer investimentos importantes. O primeiro aterro, a sua selagem e o novo aterro são investimentos da AMAGRA e foram pagos com fundos próprios, o que afere bem da saúde financeira da própria associação, que tem sabido planeando e poupando fazer essas obras", enfatiza o secretário-geral da instituição.
Sobre o futuro, António Viana Afonso define como prioridade chegar a 2020 cumprindo a meta de colocar apenas 10% dos resíduos recolhidos em aterro, sendo que actualmente a deposição anda na ordem dos 40%.
O secretário-geral da AMAGRA reconhece ser uma "meta exigente" e "ambiciosa", para logo criticar algumas das linhas orientadoras do PERSU 2020, que, na sua opinião, penalizam "os sistemas de gestão de resíduos dos municípios de baixa densidade populacional".
"Um território da nossa área de intervenção para recolher uma tonelada de lixo terá de que percorrer certamente o dobro ou o triplo dos quilómetros que um sistema de gestão de resíduos de Lisboa faz para recolher essa mesma quantidade. E é aqui que as coisas deviam ter tido, de alguma forma, uma discriminação positiva", conclui António Viana Afonso.