A participação de crimes aumentou no Alentejo Litoral em 2019 face ao ano anterior, revela o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2019, aprovado na passada semana pelo Conselho Superior de Segurança Interna. De acordo com o documento, a que o "SW" teve acesso, em 2019 registou-se um total de 3055 crimes participados às autoridades na região, sendo o concelho de Odemira o que regista o maior número de participações ao longo do ano passado, num total de 773 (mais 17 em que 2018).
Tal como em Odemira, o número de participações à GNR ou PSP em 2019 também aumentou em Grândola e em Sines. Em Grândola foram registadas 582 participações (mais 104 que no ano transacto) e em Sines 630 (mais 71).
Por oposição, em Alcácer do Sal foram registadas em 2019 menos 132 participações de crimes que em 2018 (de 584 para 452) e em Santiago do Cacém a diminuição foi de 22 participações (640 em 2018 e 618 em 2019).
Em termos distritais, o RASI 2019 revela que a criminalidade geral diminuiu 2,6% no distrito de Beja (que abrange o concelho de Odemira) no último ano, com um total de 4.111 participações. Já a criminalidade violenta e grave aumentou 3,8% no último ano, com um total de 109 participações em todo o distrito.
Quanto ao distrito de Setúbal, que engloba os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, a criminalidade geral aumentou 2% em 2019, com um total de 30.591 participações. Quanto à criminalidade violenta e grave, a região registou um aumento de 3%, com 1.551 crimes participados.
No todo nacional, e segundo os dados do RASI 2019, Beja é o quinto distrito com menos criminalidade, ficando apenas atrás de Bragança, Évora, Portalegre e Guarda. Já Setúbal é o terceiro distrito do país com mais crimes participados, sendo apenas superado por Lisboa e Porto.
Segundo o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o RASI 2019 "consolida" a imagem de Portugal, "reconhecida internacionalmente como o terceiro país mais seguro e pacífico do mundo".