O PCP do Litoral Alentejano promove nesta terça-feira, 17, uma Tribuna Pública sob o lema "Em defesa do SNS contra o saque dos grupos privados", que terá lugar às 10h30 no Jardim Municipal de Santiago do Cacém, junto à Câmara Municipal.
Em comunicado, o PCP explica que o protesto visa denunciar o sub-financiamento do SNS e consequente transferência para os privados da prestação de cuidados de saúde, "com o pagamento de milhares de milhões de euros aos grupos económicos e financeiros".
"As despesas no SNS com transferência para o sector privado atingiram em 2018 5,7 mil milhões de euros. Se considerarmos tudo o que pode ser internalizado no imediato para o SNS - em serviços médicos adquiridos e fornecimento de serviços - (912 milhões de euros) e somarmos o que é pago anualmente em média pelas PPP na saúde, concluímos que estariam disponíveis para investir no serviço público, cerca de 1.500 milhões de euros", observa o PCP.
Os comunistas questionam se "com este dinheiro seria ou não possível contratar os profissionais de saúde em falta e valorizar os seus salários" e "fixar na região os profissionais, dando resposta aos cerca de 11 mil utentes do Litoral Alentejano sem médico de família, dotar com os profissionais necessários as novas urgências do HLA ou combater os tempos de espera, que chegam a 888 dias como é o caso da Otorrinolaringologia".
"Estas são as reivindicações do PCP e das populações há muito exigidas, porque a saúde é um direito e não um negócio", acrescentam os comunistas, que defendem o reforço do SNS "com mais financiamento, mais profissionais, melhores equipamentos".
Nesse sentido, anunciam, "o PCP propôs na Assembleia da República um Plano Nacional de Emergência, cujas medidas aprovadas reclamam do Governo a sua concretização".