A administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) confirmou nesta quinta-feira, 25, o encerramento da Unidade de Convalescença do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém.
Em comunicado, o conselho de administração da ULSLA explica que com o agravamento da situação pandémica, "e consequente necessidade de aumentar a capacidade de resposta da ULSLA, mais especificamente do HLA, foi necessário criar novos serviços dedicados ao tratamento destes doentes, o que implicou a expansão desses serviços".
"Com a restruturação efetuada, e procurando proteger a resposta a doentes não covid em fase aguda, tornou-se então necessário reafectar as camas da Unidade de Convalescença ao Serviço de Medicina Interna, permitindo assim manter a capacidade instalada deste serviço".
A administração da ULSLA acrescenta que, "tendo em conta a atual situação pandémica", que "ninguém consegue prever quando terminará", o HLA "terá de manter áreas dedicadas ao tratamento de doentes Covid".
Nesse sentido, "esta decisão foi determinante para não colocar em causa a prestação de cuidados à população que servimos", afiança a ULSLA, garantindo continuar "fortemente" empenhada "em melhorar a prestação de cuidados em toda a região" e reiterando "que o seu foco será sempre na articulação integrada das respostas que oferecemos à comunidade".
O encerramento da Unidade de Convalescença do HLA foi denunciado pela Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, que considera que esta decisão "obriga ao envio dos utentes para outras unidades longe das suas residências".
Em comunicado enviado ao "SW", a Coordenadora sublinha que "os utentes servidos por esta instituição recusam ver delapidados serviços essenciais a uma população com características geodemográficas particulares".
"Estas situações são inadmissíveis num momento em que se caracteriza pela conquista e reposição de direitos e que deveria de corresponder à reabertura de serviços encerrados pelos anteriores Governos, bem como o reforço de valências no HLA", acrescenta o comunicado.
A Coordenadora das Comissões de Utentes considera, por isso, que "o Governo e o Ministério da Saúde devem obrigatoriamente travar este processo" de encerramento da Unidade de Convalescença do HLA.