Os eleitos da Assembleia Municipal de Odemira aprovaram na sexta-feira, 4, por unanimidade, uma moção apresentada pelos eleitos do PS em defesa dos setores do turismo, restauração, comércio e serviços no concelho.
Segundo a moção, a enviar para o Presidente da República, primeiro-ministro e outros responsáveis, Odemira "é um concelho cuja atividade económica está muito assente no turismo, restauração, comércio e serviços", sendo que "quando o território prosperava, a pandemia Covid-19 encerrou" estes setores "antes de tudo o resto".
"Foi, igualmente, este mesmo setor, o último a abrir aquando do desconfinamento, com regras muito apertadas e com áreas de atividade que permanecem até hoje, sem data para abertura de portas", acrescenta o texto.
Assinalando a "qualidade, zelo e entrega dos empresários do turismo, restauração, comércio e serviços do concelho de Odemira", a moção destaca ainda "a dura realidade com que se deparam diariamente e a injustiça que é verem aplicadas medidas tão restritivas nestes setores que muito investiram para se adaptar a esta nova realidade e onde não se conhecem focos de contágio desde o início da pandemia, já lá vão mais de 12 meses".
Tudo isto leva os eleitos da Assembleia Municipal de Odemira a "demonstrar o seu desagrado pela forma como o Governo geriu esta pandemia no concelho".
"Tendo em conta que uma percentagem significativa da população acima dos 50 anos já se encontra vacinada, pelo menos com a primeira dose da vacina, não se compreende como se podem continuar a adotar critérios absolutamente desadequados para esta fase e demasiado penalizadores para este setor que se esforça diariamente por cumprir todas as regras", frisa o texto.
Nesse sentido, continua a moção, "urge" ouvir o poder local e "proceder a uma revisão imediata dos critérios, por forma a permitir, com segurança, a retoma das atividades".
Ao mesmo tempo, a moção defende que seja criada "uma linha de apoio, a fundo perdido, para os empresários (e pessoas singulares) afetados pela cerca sanitária nas freguesias de São Teotónio e Longueira/Almograve, em que o valor a compensar pelo Governo seja aquele que resultar da diferença entre o volume de faturação no período homólogo no ano de 2019 e o volume de faturação ocorrido durante a cerca sanitária".
A Assembleia Municipal de Odemira manifesta ainda, através da moção, "a sua mais profunda solidariedade para com os nossos empresários do turismo, restauração e comércio, congratulando-os pela sua resistência e resiliência e agradecendo o seu enorme contributo no engrandecimento do nosso concelho".
De acordo com o texto, "é esse contributo diário que nos enche de orgulho e que permite que este concelho se continue a afirmar-se como um dos principais destinos turísticos do país".