A presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Odemira (APCO) afirma que o "todos os dias são dias desafiantes para a instituição", mas reconhece que o grande desafio de futuro é mesmo "garantir a sustentabilidade financeira" da associação "no médio prazo".
"Só dessa forma o trabalho poderá continuar a ser realizado dentro dos parâmetros de qualidade a que nos propomos, que consideramos determinante para alcançar os nossos objetivos e acima de tudo que os nossos clientes têm direito", diz Manuela Forte ao "SW".
Nesse sentido, a direção da APCO apresentou nesta terça-feira, 30 de novembro, em Assembleia Geral o seu plano estratégico para o triénio 2022-2024.
"Trata-se de um documento que pretende ser orientador da nossa atividade e que contém alguns temas novos como a questão da saúde mental, da reabilitação, da procura de novas respostas junto de entidades locais e regionais, que identificamos como sendo determinantes para reforçar o papel da APCO no concelho de Odemira", anuncia.
A par deste plano, a associação aguarda "com enorme ansiedade" pela inauguração das novas instalações do Centro de Atividades Ocupacionais e Capacitação para a Inclusão. "Trata-se de uma obra essencial para o crescimento da instituição", afiança Manuela Forte, explicando que a empreitada foi promovida pela Câmara de Odemira, no âmbito de uma candidatura que efetuou ao programa Portugal 2020, cabendo à APCO a sua gestão.
Ainda assim, a associação não se quer ficar apenas por estas metas, uma vez ser, segundo a sua presidente, "uma instituição dinâmica, inovadora e muito ambiciosa", focada em garantir a "promoção da melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas" a quem a sua intervenção se destina.
"Por isso, 'em carteira' teremos sempre esta vontade de fazer mais e melhor, de poder contribuir para a mudança de perspetiva, de alterar comportamentos e construir assim uma comunidade mais inclusiva, no verdadeiro sentido desta palavra. Se assim não for, ficaremos todos a perder e seremos sempre uma comunidade mais fraca e incompleta", remata Manuela Forte.