Mais de 40 mil pessoas passaram pela edição deste ano da FACECO-Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, que a Câmara Municipal promoveu no último fim de semana em São Teotónio e que contou com a participação de 278 expositores da região e de diversos pontos da região.
"Foi mais uma edição fantástica e que cumpriu na íntegra o seu propósito: mostrar o que de melhor tem o concelho de Odemira", sintetizou o presidente da autarquia, Hélder Guerreiro, na conferência de imprensa de balanço do evento.
Segundo o autarca, em 2024 a FACECO voltou a ser "um espaço de encontro, de estadia, de convívio".
"Não só do ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo, continuamos a assegurar uma feira em que as pessoas se sentem bem e têm sempre muita coisa para ver", acrescentou.
Promovida pela Câmara de Odemira, a FACECO voltou a ser "uma verdadeira montra" do concelho, com destaque para as áreas do turismo, artesanato, gastronomia, agricultura e pecuária (que contou com diversos concursos nacionais e regionais de várias raças).
Durante a FACECO decorreu igualmente o 23º Concurso Regional de Mel, em que o grande vencedor foi o apicultor Fernando Manuel Guerreiro, de Odemira. Já no 3º Concurso de Medronho, o vencedor foi o medronho "Taliscas", de José Burnay & Filhos.
A 32ª edição FACECO abriu portas a 19 de julho, contando na cerimónia de inauguração com a presença do secretário de Estado da Agricultura, João Moura, que destacou a importância de eventos desta natureza para promover os territórios do interior.
"Estes certames são importantíssimos para mostrar aquilo que são os nossos costumes, as nossas tradições, a nossa cultura e aquilo que é o nosso mundo rural", afirmou o governante, elogiando também o contributo da agricultura de Odemira "para a balança comercial e para as exportações portuguesas".
Na sua intervenção, o secretário de Estado assumiu ainda que o Pacto da Água celebrado em Odemira é para cumprir e assegurou que o município não ficará com "o encargo único e exclusivo da responsabilidade" de dar resposta ao fenómeno da emigração no concelho.
As garantias deixadas por João Moura surgiram depois do governante ter ouvido alguns "recados" por parte dos presidentes da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, e da Junta de Freguesia de São Teotónio, Dário Guerreiro.
Na sua intervenção, Hélder Guerreiro sustentou que "a agricultura não pode ser isolada do território" e lembrou que, em Odemira, este setor produz "300 milhões de euros por ano de riqueza" e "cerca de 15 mil novas pessoas no concelho".
"Odemira não pode ficar sozinha no enfrentar deste desafio. É nestes desafios que precisamos de um Governo que olhe para Odemira de forma realista, nada mais que isso", sublinhou o autarca.
Hélder Guerreiro aproveitou ainda a oportunidade para reiterar a necessidade que o município tem de ver aprovada a sua candidatura, no valor de 15 milhões de euros, ao Plano de Recuperação e Resiliência na área da Habitação, pedindo em simultâneo um reforço dos serviços públicos no concelho em áreas como a Educação, Saúde e Segurança.
Também o presidente da Junta de São Teotónio, Dário Guerreiro, deixou um "recado" mas para o Ministério da Administração Interna a exigir "mais segurança" na sua freguesia.
"É estritamente necessário haver mais investimento por parte do Governo na segurança, nomeadamente no Posto da GNR em São Teotónio", concluiu.