Voltemos à Covid-19… sempre a Covid-19! Agora que o momento mais crítico da chamada "terceira vaga" da pandemia parece ter passado, com os números de infectados, de internados e de óbitos a diminuir significativamente e o processo de vacinação a generalizar-se entre a população, há outros impactos da doença a que urge dar resposta.
Desde logo na área social, mas também no apoio a empresas e instituições sociais, culturais ou desportivas, a braços com uma crise nunca antes vista e sem solução imediata, dada a imprevisibilidade de toda esta situação que vivemos há praticamente um ano.
É precisamente esta realidade – em que a crise sanitária resvalou, em simultâneo, para uma crise económica – que levou as câmaras municipais do Alentejo Litoral a avançar, desde já, com novos pacotes de medidas de apoio extraordinárias, no sentido de mitigar os problemas que vão (ou podem vir) surgindo nos seus territórios.
Por exemplo, e como o "SW" lhe conta na página 4 desta edição, a Câmara de Odemira reservou 1,25 milhões de euros e lançou 30 novas medidas para tentar "combater" os danos causados pela Covid-19 neste concelho.
Este é apenas mais um (bom) exemplo de como as câmaras municipais da região – e também do país – estão a tentar dar a resposta que os seus cidadãos exigem neste momento, mesmo que isso implique, na maior parte das vezes, ir muito para além daquelas que são as suas próprias competências.
Em tempo de crise como é esta "era Covid", as autarquias tem sabido estar à altura das necessidades e dito "presente" no combate à pandemia. Uma resposta que comprova a necessidade de haver em Portugal um Poder Local forte. E que demonstra, igualmente, ao contrário do que muitos criticam quando falam de Regionalização, que é com uma gestão local ou regional que se alcançam resultados mais efectivos. Seja nesta, seja em muitas outras matérias.