16h10 - quinta, 30/05/2024

Normalização dos "extremos"...


Carlos Pinto
A coisa está a ficar feia… Os últimos tempos têm vindo a ser marcados por um crescimento, em Portugal e no resto do mundo, dos extremismos, que ameaçam o regular funcionamento das instituições democráticas e os mais básicos princípios de vida em comunidade, onde deve prevalecer o respeito pelo outro e pelas diferenças entre as partes.
Em Portugal, é o Chega a estar no "olho do furacão", com sucessivos discursos incendiários por parte do seu líder (e de alguns dos seus seguidores). O caso mais recente deve-se às declarações, em pleno debate parlamentar, de André Ventura sobre os turcos, que classificou como povo que não gosta de trabalhar – o que, infelizmente, apenas mereceu uma tomada de posição tíbia e até lamentável por parte do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.
É também ao Chega e aos seus deputados mais "expansivos" que são imputadas "bocas" racistas e misóginas a outros eleitos de diferentes partidos em plenos corredores da Assembleia da República, ainda que longe dos microfones e de "ouvidos alheios".
Lá fora o panorama é idêntico, com destaque para as recentes declarações do Presidente da República da Argentina, Javier Milei, que numa recente visita a Espanha tratou de insultar… o primeiro-ministro espanhol e a respetiva esposa, dando azo um incidente diplomático que levou, incluisve, ao encerramento da embaixada espanhola no país "das pampas".
Tudo isto é algo a que temos vindo – infelizmente – a "acostumar-nos" com o passar dos tempos. Desde a eleição de Donald Trump nos EUA e de Jair Bolsonaro no Brasil que se tem assistido a uma quase "normalização" deste tipo de discurso e ação extremisra, que divide "ao meio" nações e coloca uns contra os outros sem qualquer razoabilidade.
O estado democrático não é isto, bem pelo contrário – rege-se pelo respeito pelo outro e pela(s) diferença(s). Por isso, é urgente que haja um "levantamento" por parte de todos os que, seja à direita ou à esquerda, não se revêm neste tipo de discursos. É a Democracia que está causa, é a própria Liberdade que pode estar ameaçada.

2. Quatro alunas do Agrupamento de Escolas de Odemira, que fazem parte do seu Clube de Ciência Viva, voltaram a ser premiadas no Concurso Nacional para Jovens Cientistas [ver página 8]. Não é a primeira que sucede e, seguramente, não será a última. Mas não podemos deixar passar a oportunidade sem, mais uma vez, enaltecer o trabalho da professora Paula Canha na promoção da ciência e elogiar a sua capacidade de "abrir novos horizontes" aos jovens alunos odemirenses.



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