Este site utiliza cookies para ajudar a disponibilizar os respectivos
serviços, para personalizar anúncios e analisar o tráfego.
As informações sobre a sua utilização deste site são partilhadas
com a Google. Ao utilizar este site, concorda com a utilização de cookies.
12h32 - quinta, 08/08/2024
Os clubes de aldeia são os maiores!
Carlos Pinto
O concelho de Odemira vai ter oito emblemas a competir no campeonato distrital da 2ª divisão de de Beja em 2024-2025: Odemirense, Juventude Boavista, Naverredondense, FC Pereirense, Santaclarense, Sabóia AC, GDR Luzianes-Gare e GDR Amoreiras-Gare e CDC Cavaleiro.
Odemira é, assim, o concelho mais representado na competição, para bem das suas terras.
Independentemente das suas modestas ambições (na maior parte dos casos), a atividade destes emblemas representa um "raio de luz" na vida por vezes "sombria" das pequenas aldeias em que estão sediados.
É assim no concelho de Odemira e em todo o Baixo Alentejo, onde a tarde de futebol do sábado ou domingo é o único momento de agitação em toda a semana. Noventa minutos de pontapé para a frente e algumas boas jogadas que são, em simultâneo, a "mola" que impulsiona o convívio, que anima conversas e que possibilita algum movimento (inclusive económico) nos cafés em redor dos campos.
Durante anos, a RTP transmitia um programa chamado "A Liga dos Últimos", em que as reportagens não eram dedicadas aos grandes craques da bola em Portugal, mas sim a todos aqueles que se entregam de alma e coração aos clubes das suas terras, mesmos que estes nunca ganhem. Era um retrato fiel do país que está para além da urbe, onde wi fi ou start ups são palavras que ainda não entraram no léxico local. Nestas terras distantes de muita coisa, o futebol continua a ter um importante papel de animação social.
Por tudo isto, é fundamental que estes clubes de aldeia continuem no tempo, de preferência conseguindo atrair os mais novos. Porque a sua importância não se mede pela quantidade de golos marcados ou pelo número de vitórias alcançadas. A sua mais-valia está no que representam para as suas gentes e na réstia de vida que possibilitam às suas terras.