A Câmara de Santiago do Cacém vai estudar os vestígios arqueológicos que foram encontrados e colocados a descoberto em várias ruas de Alvalade, no decorrer das obras de requalificação do centro histórico daquela vila.
Fonte da autarquia revela que, perante o achado, os trabalhos foram interrompidos "para que possam ser realizadas as escavações arqueológicas e a posterior exumação e estudo antropológico das ossadas".
"Estas situações são normais quando se intervém em zonas com um passado tão antigo. Alvalade é uma localidade que tem muita história e um património arqueológico rico, e é precisamente por essa razão que a Câmara Municipal está a criar um museu de arqueologia naquela freguesia", revela o presidente da autarquia.
De acordo com Álvaro Beijinha, por agora a Câmara Municipal vai "aguardar pelos resultados dos trabalhos de arqueologia e análise" para saber "do que se trata efectivamente".
"Mas suspeitamos que será um cemitério, tendo em conta o número de ossadas que foram descobertas, havendo ainda a particularidade de estarem enterradas a pouca profundidade", diz.
O autarca adianta ainda que, tendo em conta os vestígios encontrados, a Câmara de Santiago do Cacém vai reforçar a sua equipa de arqueólogos, "para que as obras, no Largo 25 de Abril, possam decorrer".
"Mas não queremos que se perca a oportunidade de estudar o que foi descoberto, porque os achados fazem parte da história da freguesia e do concelho", continua Beijinha, acrescentando que a intenção é "apurar se esta descoberta merece um estudo mais aprofundado e inclusivamente ser exposta".
De momento, a Câmara de Santiago do Cacém promove o acompanhamento científico das descobertas através de uma equipa de investigadores, que foi reforçada com mais dois arqueólogos e um antropólogo, que será o responsável por escavar e estudar os esqueletos humanos.
O acompanhamento arqueológico das obras está a cargo da arqueóloga Lídia Vírseda, da empresa ArqueoHoje.