Já muito se disse e escreveu sobre a pandemia que, desde Março, virou as nossas vidas do avesso. Dos constrangimentos sociais e económicos que causou às limitações que impôs às nossas liberdades. Das dificuldades financeiras que trouxe aos problemas estruturais que estavam "camuflados" e foram colocados a nú. Certo é que as nossas vidas, desde então, nunca mais foram as mesmas. E dificilmente voltarão a ser como eram em Fevereiro de 2020, pois este "novo normal" parece ter vindo para ficar durante muito mais tempo do que se previa…
Por tudo isto, este é um período de muitos e grandes desafios. Individuais e colectivos. E um dos principais desafios – em ambos os planos – arrancou esta semana, com o início de um ano lectivo que poucos ousam prever como terminará (apesar de todos esperarmos que nada possa impedir as crianças e os jovens de frequentar as salas de aula até ao próximo Verão). Um desafio para alunos e professores, auxiliares e encarregados de educação. É na mão de todos eles/ nós que está o sucesso (ou não) de um ano escolar que tem, impreterivelmente, de correr bem, sob risco de colocarmos em causa a construção do nosso futuro.
Mas este tempo foi também de grandes desafios para outro sector essencial à nossa economia: o turismo. E tal como lhe conta o "SW" nesta edição [ver reportagem nas páginas centrais], este foi um desafio superado com bastante sucesso no concelho de Odemira. Estão de parabéns os turistas que escolheram esta região para passar as suas merecidas férias, mas sobretudo os empresários locais, que com resiliência e muita dedicação souberam dar a resposta adequada àquelas que são as exigências do momento.
Que este exemplo dos empresários do sector do turismo em Odemira seja seguido por todos nós, cumprindo com rigor aquilo que nos é pedido, respeitando as regras sanitárias e nunca baixando os braços. Porque a montanha a escalar é íngreme e, ao que tudo indica, estamos muito longe de chegar ao topo.