De acordo com os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (Agência Portuguesa do Ambiente), no final de abril a barragem de Santa Clara, no interior do concelho de Odemira, estava a 50%, quando o valor devia estar nos quase 80% (média desde 1990).
Em termos precisos, na bacia do Mira, no final de abril, a albufeira de Corte Brique estava a 63,1% e a de Santa Clara a 50,5%.
"É um problema grave, porque a barragem está a 50% e estamos no início do verão", diz Luísa Rebelo, que trabalha na área do turismo, e acrescenta: "Se a água acabar as empresas vão embora, mas nós ficamos" e não limpam o terreno.
Apesar destes números, o presidente da Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), relativiza o problema, ainda que reconheça que ele existe.
Segundo Luís Mesquita Dias, a agricultura que se faz no Sudoeste Alentejano é sustentável e a água é uma preocupação no território, pelo que a AHSA, com a Associação de Beneficiários do Mira, vai desenvolver estudos para regar mais com menos água, ou captar mais água.