Foi a partir de uma camisa que Ana Rita Pinto não utilizava, mas que tinha um padrão que lhe agradava, que "nasceu" o projeto da Gapi World.
A vontade reutilizar a peça de vestuário levou a jovem de Odemira, então estudante do Secundário, a pedir à avó Inácia Correia que a partir do tecido costurasse alguns scrunchies (elásticos) para o cabelo, numa ideia original que acabou por dar origem a um negócio.
"A minha avó, que sempre gostou de costurar, adorou a ideia, costurou e arranjou logo mais tecidos para fazermos mais e vendermos", conta ao "SW" a jovem de 24 anos, licenciada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial e vencedora dos prémios "Espírito Empreendedor 2021", na categoria "Novas Iniciativas Empresariais", promovidos pela Câmara de Odemira.
Segundo Ana Rita Pinto, os primeiros scrunchies foram vendidos "a amigas e a amigas de amigas".
"E tudo começou assim, numa brincadeira", acrescenta a empresária, que, confidencia, herdou da avó Inácia a "veia empreendedora".
Foi já estudante universitária, em 2018, que Ana Rita Pinto lançou o projeto da Gapi World "a sério".
Depois de uma viagem (e uma conversa sobre o futuro) entre Lisboa e Odemira com o namorado André Campos, os dois resolveram aventurar-se com o negócio, contando para tal com o apoio da família de Ana Rita, nomeadamente os avós Inácia e José Correia.
"Criámos o site, as páginas nas redes sociais e começámos a trabalhar. Nessa altura era a minha avó que costurava, mas agora já sou eu que costuro e a minha avó ajuda-me", conta Ana Rita.
A Gapi World já esteve presente em alguns mercados de artesanato, mas é no mercado digital que vende mais.
"Vendemos pelo site ou através de mensagens que nos chegam pelo Facebook ou Instagram. Enviamos encomendas todos os dias, sendo que já vendemos para todo o país e até para o estrangeiro, como Espanha, Itália e Inglaterra", conta a jovem empresária.
Os scrunchies em licra, cetim ou veludo e com diversos padrões originais são a "imagem de marca" da Gapi World, que também já alargou o seu portefólio a outros acessórios, como bandoletes, sacos ou bijuteria.
"Sou rapariga e pensei: 'Se chegasse ao site se calhar gostava de ver outras coisas'. Começámos com as bandoletes, pensámos depois nos tote bags (sacos) e depois surgiu a bijuteria, que tem sempre uma ligação com os elásticos", explica Ana Rita Pinto.
O futuro passa agora pela abertura de uma loja física.
"Temos ideia de ser em Milfontes, porque já trabalhei lá, conheço o público e gostava muito. Apesar do online se manter sempre, achamos que ter um espaço físico é muito importante", conclui a fundadora da Gapi World.