A Câmara de Grândola coloca "sérias reservas", quer ao nível "ambiental, paisagístico e social", assim como "económico", ao modelo de exploração da futura mina da Lagoa Salgada, em prospeção no concelho.
A posição da autarquia surge no seu parecer emitido durante a consulta pública para definição do âmbito do estudo de impacto ambiental para o projeto da mina da Lagoa Salgada, entre Grândola e Alcácer do Sal e que abrange uma área de cerca de 13 mil hectares.
Segundo a Câmara Municipal, o projeto, "nos moldes em que é apresentado, não salvaguarda os interesses das populações e do território".
"O desenvolvimento sustentável do concelho de Grândola, assente num modelo que respeite o ambiente, preserve a paisagem, que previna os riscos das alterações climáticas, tendo sempre como objetivo o aumento da qualidade de vida da população, é a prioridade da autarquia", afiança o parecer.
O documento acrescenta que, para a Câmara de Grândola, "a defesa do ambiente e o desenvolvimento da agricultura e floresta, da economia e inovação, devem estar alinhados para garantir a sustentabilidade para o futuro e criar respostas benéficas para as populações".