A petrolífera espanhola Repsol vai avançar com a construção de um novo eletrolisador em Sines, associado ao projeto de expansão, avaliado em mais de 650 milhões de euros, que a empresa tem em curso no Complexo Industrial da cidade.
Segundo adiantou o diário digital "ECO", na origem desta decisão da Repsol está o facto de o Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sanchéz, ter aprovado uma legislação que determina a cobrança, em permanência, de um imposto extraordinário sobre as energéticas e o setor bancário.
Esta medida, contestada pela empresa, levou a Repsol a anunciar a suspensão de todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha e avançar com a construção, no primeiro semestre de 2025, de um novo eletrolisador em Sines, que deverá entrar em funcionamento no início do ano seguinte.
"Confirmamos que todos os projetos de hidrogénio verde foram suspensos em Espanha. O único projeto que irá avançar conforme planeado é um eletrolisador em Portugal ligado à expansão do Complexo Industrial de Sines", confirma a Repsol em resposta ditada pelo "ECO".
A mesta fonte acrescenta que o projeto terá uma capacidade de produção equivalente a quatro megawatts (MW) de consumo de eletricidade e uma capacidade de produção de hidrogénio de cerca de 600 toneladas por ano.
De acordo com a Repsol, o eletrolisador "servirá para gerar oportunidades de comercialização" assim que as necessidades do complexo industrial de Sines tiverem sido "satisfeitas".
Também citado pelo jornal "ECO", o ministro da Economia, Pedro Reis, reconhece que "o investimento espanhol é muitíssimo bem-vindo a Portugal".
"É muitíssimo estruturante e já está em Portugal", acrescenta o governante, reforçando: "Todo o investimento externo é importante para nós e, por maioria de razão, o espanhol é particularmente próximo, interessante e complementar".