"Trazer mais beleza ao mundo" e juntar as pessoas em torno da música e do canto são os propósitos do projeto Almejar Banda e Coro Popular, que nasceu no concelho de Odemira em 2024 e cuja segunda edição arrancou no passado mês de fevereiro.
Dinamizada pela cooperativa Regenerativa, de São Luís, e financiada através do programa Odemira Criativa, da Câmara Municipal, a Almejar Banda e Coro Popular nasceu da criação de Sandra Santos, diretora artística do projeto.
"O grande objetivo é permitir a possibilidade de várias pessoas se juntarem para cantar, tocar e talvez dançar, partilhando com a comunidade heterogênea da região essas artes de uma forma criativa e divertida, nutrindo as nossas vidas e almas", explica Sandra Santos ao "SW".
Segundo a diretora artística dos Almejar, o projeto que conta igualmente com a colaboração da maestrina Sheila Rodriguez como diretora musical "nasceu dos almejos da existência humana", nomeadamente aqueles que andam "à volta do amor e do divino", juntando músicos profissionais a pessoas "com diferentes experiências no cante".
"Tentamos aproximar o tradicional ao contemporâneo, permitindo que as pessoas que se juntam ao coro o transformem num ser único. Ou seja, a partir daqui as coisas que vamos criar e cantar juntos depende da dinâmica destas pessoas que se juntam e da unidade que se forma", diz.
Para Sandra Santos, em todo este processo "o mais importante é a energia" e o que se consegue "transmitir às pessoas através de um trabalho que tentamos com qualidade". "Temos o objetivo de evoluir e trazer mais beleza para o mundo", reforça.
Na primeira edição do projeto, em 2024, os Almejar contaram com seis músicos na banda e mais 20 elementos no coro, que atuaram por quatro vezes. Este ano, os ensaios arrancaram no passado dia 13 de fevereiro, no Quintal da Música, em Odemira, e vão prolongar-se, pelo menos, até junho, sempre à quinta-feira.
"Na primeira edição germinamos [as canções e o projeto], agora é solidificar, amadurecer, melhorar, continuar com o que se começou e ir florescendo ainda mais", nota Sandra Santos.
Para já, além da banda, são 15 os elementos inscritos no coro, "de diferentes idades e nacionalidades", continua a diretora artística do projeto.
"Mas precisamos de mais homens, pois inscrevem-se mais mulheres", acrescenta em tom de brincadeira.
A estreia do coletivo em 2025 será no próximo mês de abril, durante mais uma edição do Abril em Odemira Festival da Justiça e da Liberdade, promovido pela Câmara Municipal para assinalar o 51º aniversário da Revolução dos Cravos.
Até lá, os Almejar irão "trabalhar em equipa", tendo por base canções originais e uma "fusão étnica de ritmos".
"Há aqui uma mistura de estilos musicais e de vivências", conclui Sandra Santos.