As seis bibliotecas públicas do Alentejo Litoral vão ser classificadas como centros de atividades culturais, no âmbito de um contrato-programa a estabelecer entre as câmaras municipais da região e o Ministério da Cultura.
A proposta foi apresentada, na passada semana, em Sines, durante uma reunião da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, com os presidentes das câmaras municipais da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL).
Em comunicado enviado ao "SW", a CIMAL explica que durante o encontro "ficou acordada a posterior assinatura de um contrato-programa que pretende tornar as seis bibliotecas públicas na região em centros de atividades culturais diversas".
De acordo como a comunidade intermunicipal, a proposta do Governo "pretende que, para além de serem centros de divulgação de atividades literárias e de promoção da leitura, passe a constatar no plano de ação daquelas estruturas municipais dos cinco concelhos que integram a CIMAL, outro tipo de iniciativas culturais, como a produção artística e a formação".
Assim, e embora as bibliotecas de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André e Sines "já desenvolvam atividades para além do âmbito literário", a proposta do Governo "pretende efetivar esse estatuto, tornando as bibliotecas em centros de promoção e fruição cultural dirigidos à população".
Nesse âmbito, revela a CIMAL, "o Ministério da Cultura vai apoiar a realização de residências artísticas nas diferentes bibliotecas, que irão das artes visuais à literatura e às artes performativas, entre outras".
Em paralelo, ficou acertada "a presença de um escritor uma vez por vez em todas as bibliotecas", ao passo que o Governo se comprometeu "igualmente no apoio à aquisição de livros parta reforçar o acervo de livros disponíveis para os leitores".
As comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões é outra das apostas que a ministra da Cultura quer ver desenvolvidas nas bibliotecas públicas do Alentejo Litoral, nomeadamente a divulgação da obra do poeta.