15h30 - quinta, 14/09/2023
Um elogio à simplicidade
Carlos Pinto
A Câmara e a Assembleia Municipal de Odemira aproveitaram o Dia do Município, assinalado a 8 de setembro, para prestar homenagem a duas figuras da cultura popular do concelho: a artistas plástica (e poetisa) Liberdade Sobral já falecida e o poeta popular Florêncio Maria [ver reportagem na página 4 desta edição].
Duas escolhas justificadas, segundo as propostas aprovadas por unanimidade pelos eleitos da Câmara e da Assembleia Municipal odemirense, por serem ambos "exemplo de grande mérito e altruísmo", além da "dedicação à sua arte e à sua partilha com os outros".
Ao contrário do que muitas vezes sucede nestas ocasiões, a escolha de duas personalidades "do povo", em detrimento de outros responsáveis associativos, políticos e/ou empresariais, é um sinal claro e evidente de valorização daquilo que é mais importante em cada comunidade: os seus costumes, as suas tradições e a sua identidade.
As homenagens a Liberdade Sobral e a Florêncio Maria são, por isso, um verdadeiro elogio à simplicidade. Porque a verdadeira essência das coisas não necessita de artifícios ou de artificialismos. É isso que as torna tão belas e essenciais às nossas vidas.
Além do mais, só enaltecendo a memória do passado no presente podemos construir os alicerces do futuro que almejamos. E nesse aspeto, Odemira está de parabéns!
2. Tal como anunciado, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve na passada terça-feira, 12, em Odemira, para fazer um balanço dos prejuízos causados pelo incêndio de agosto [ver texto ao lado]. Consigo trouxe mais três secretários de Estado e, desde logo, colocou sobre a mesa uma série de possíveis medidas de apoio a implementar no terreno no curto e no médio-prazo.
Num tempo em que é cada vez mais recorrente criticarmos o imobilismo do Estado e dos nossos governantes, a postura e a ação da ministra Ana Abrunhosa é de saudar. Veio ao terreno no prazo previsto e, com simplicidade e vontade de ouvir, não deixou de trazer consigo propostas concretas e a garantia que, dentro de um mês, tudo deverá estar operacionalizado para chegar o mais rapidamente às pessoas.
É assim que se serve o Estado e a causa pública!
Outros artigos de Carlos Pinto