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16h43 - quinta, 20/03/2025
Investimentos necessários e... indispensáveis!
Carlos Pinto
Depois de muita discussão, parece mesmo que a água do Alqueva vai chegar até ao Mira, para reforçar a barragem de Santa Clara e o respetivo perímetro de rega, até ao ano de 2030, num investimento que pode ascender a 35 milhões de euros.
A intenção consta, pelo menos, da estratégia nacional "Água que une", recentemente apresentada pelo Governo e que inclui ainda a modernização e reabilitação total do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira, que deverá ser executada também até 2030, num investimento total de 170 milhões de euros.
Há muito que estas duas obras são reclamadas pelos agentes locais, tendo em conta os efeitos das alterações climáticas que se têm vindo a verificar na região (agora atenuados pelas recentes chuvadas, que permitiram Santa Clara atingir um nível de armazenamento de 53%, há muito não visto), assim como o aumento da "pressão" no consumo de água por parte da atividade agrícola. Por tudo isto, estes são investimentos necessários e indispensáveis!
Ainda assim, existem duas premissas que devem manter-se presentes em todo este processo: as da racionalidade e do bom senso. Porque se agora temos mais água armazenada em Santa Clara e existe uma perspetiva desta disponibilidade ser uma constante a médio prazo, por via do Alqueva, é também fundamental que se continue a apostar numa gestão criteriosa desde recurso, garantindo um consumo sustentável e não única e exclusivamente condicionado pelas necessidades de um setor que quanto mais água tiver, mais água gastará.
É na conciliação destas duas perspetivas, entre a sustentabilidade e desenvolvimento económico, que estará a "chave do sucesso" do futuro, (quase) ultrapassados que estão os problemas e as restrições do passado.