Amália Rodrigues morreu a 6 de Outubro de 1999 [faz nesta sexta-feira 18 anos], mas libertou-se muito antes da "lei da morte". A sua voz poderosa, a elegância que punha em cada gesto e a personalidade forte cedo fizeram dela a "diva" do fado e figura maior da canção portuguesa. Foram quase 60 anos de carreira que serão devidamente recordados neste fim-de-semana, 6 e 7 de Outubro, no Brejão, pequena aldeia da freguesia de São Teotónio (Odemira) onde tinha a sua casa de férias.
"Odemira recorda Amália" é o mote do evento evocativo que, mais uma vez, é promovido pela Câmara de Odemira e pela Fundação Amália Rodrigues, no sentido de "manter viva a memória desta grande figura da cultura nacional" e "a ligação que Amália Rodrigues manteve com o concelho de Odemira ao longo da sua vida".
Nesta sexta-feira, 6 de Outubro, pelas 21h30, o Centro Social do Brejão recebe uma grandiosa noite de fados, com a apresentação do espectáculo "Tributo Oficial Amália". Em palco vão estar as fadistas Joana Amendoeira, Sandra Correia e Tânia Oleiro, acompanhadas por Pedro Amendoeira na guitarra portuguesa, Luís Pontes na guitarra clássica e Carlos Menezes no baixo.
No sábado, 7 de Outubro, serão promovidas visitas guiadas à casa de férias de Amália Rodrigues, localizada perto do Brejão, junto à costa. As visitas decorrerão entre as 10h00 e as 12h30 e das 14h00 às 17h30, para grupos acompanhados por guia da Fundação Amália.
Natural de Lisboa, onde nasceu em Junho de 1920, Amália Rodrigues construiu uma carreira ímpar, editando quase três dezenas de discos e levando o fado (assim como a língua portuguesa e a cultura de Portugal) aos quatro cantos do mundo. Acabou por falecer em 1999, com 79 anos, sendo que o seu corpo se encontra desde 2001 no Panteão Nacional, na Igreja de Santa Engrácia (Lisboa).