15h48 - quinta, 11/01/2024
Grande desafio... e essencial!
Carlos Pinto
A Câmara de Odemira prepara-se para investir, ao longo deste ano de 2024, uma verba de 5,2 milhões de euros na sua Estratégia Local de Habitação (ELH), através da aquisição, reabilitação e construção de imóveis em todo o concelho [ver notícia na página 05].
Trata-se de um esforço "hercúleo" que inclui, por exemplo, a reabilitação da antiga Residência de Estudantes de Odemira, onde serão criadas 36 novas respostas de alojamento, ou os concursos de empreitada de 80 fogos, de tipologia T1 a T3, em várias freguesias, "que se encontram em fase final de projeto e especialidades".
Tudo isto depois de, em 2023, o município liderado por Hélder Guerreiro já ter investido cerca de 3,5 milhões de euros no setor da habitação, com destaque para os procedimentos públicos de alienação de 50 lotes de terreno em diversos loteamentos municipais destinados à construção de habitação própria e permanente de jovens.
A área da habitação é um grande desafio que todos temos pela frente
e que é essencial! Depois de anos e anos em que o mercado foi dando respostas às necessidades das famílias, ainda que com pouca ou nenhuma regulação, a crise dos juros e os problemas causados pela inflação e pela dificuldade dos jovens entrarem no mercado de trabalho vieram colocar "a nu" uma realidade que é preciso, a todo o custo, mitigar.
Sem garantias de habitação é difícil aos mais novos fazerem projetos de vida. Sem oferta de habitação é quase impossível trazer para os territórios do interior os novos residentes que tanto são necessários. Sem mais habitação é impensável pensar em coesão social, onde todos tenham um teto para viver com a dignidade que se exige no século XXI.
Chegou, portanto, a hora de agir, decidir e fazer. O caminho que a Câmara de Odemira está agora a percorrer é indispensável e deve, em toda a região do Alentejo Litoral (e não só), ser seguido, sob risco de estarmos a construir um futuro sem casas
e sem sustentabilidade social!
2. A Agência Portuguesa do Ambiente prepara-se para propor regras para reduzir o consumo de água no Algarve em 70% para o setor agrícola e 15% para os consumidores urbanos. "Estamos perto de uma situação catastrófica e temos de começar a poupar água a sério", diz mesmo o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), António Miguel Pina. O Algarve não fica assim tão longe de nós (bem pelo contrário) e o cenário de abrirmos a torneira e não correr água está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Será que todos temos consciência disso?
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