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16h58 - quinta, 25/01/2024
Integração, uma missão de todos
Carlos Pinto
O Balcão de Atendimento Permanente de Odemira do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem em curso um projeto-piloto para um melhor atendimento aos cidadãos estrangeiros, que recorre à Inteligência Artificial para a tradução automática de diferentes idiomas.
Tal como lhe contamos nesta edição do "SW" [ver página 8], a iniciativa recorre a "mecanismos da inteligência artificial", como "a tradução simultânea", para "uma melhor comunicação" no atendimento aos cidadãos estrangeiros. Se tudo correr como previsto e o sucesso esperado for alcançado , o projeto será depois replicado em todo o país.
Esta iniciativa do IEFP é, sem dúvida, um bom exemplo do que deve ser o papel do Estado na integração de migrantes no nosso país, onde há largos anos chegam pessoas provenientes de várias latitudes para trabalhar em áreas como a agricultura, a construção civil ou mesmo o turismo.
Por norma, o trabalho de integração destes cidadãos, assim como de mitigação dos problemas associados à sua instalação num país que não o seu e em que, muitas vezes, a língua é o primeiro dos problemas com que se deparam, tem sido uma responsabilidade (quase) exclusiva dos municípios.
Ora esta é uma realidade que urge modificar. Obviamente que as autarquias serão sempre decisivas no trabalho de proporcionar a todos os seus cidadãos, nacionais ou estrangeiros, as melhores condições de vida. Mas o Estado não se pode demitir daquilo que são as suas responsabilidades e deve, no âmbito da sua ação, tirar partido de todas as ferramentas de que dispõe para possibilitar que aqueles que chegam de novo ao nosso país tenham total noção daquilo que são os seus direitos e deveres.
É por isso que facilitar a comunicação nos serviços públicos pode ser para a integração ao contrário do que argumentam aqueles que, se falam em inglês no Reino Unido, os britânicos também devem falar em português em solo nacional um "pequeno grande passo".
2. Em entrevista concedida esta semana à Rádio Observador, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, João Eurico Fonseca, defendeu que deve existir um período de cinco anos de permanência obrigatória dos médicos recém-especialistas no SNS. A proposta está longe de ser inovadora, mas não deixa de ser pertinente. E concretizá-la talvez fosse uma boa forma de dar resposta a muitos dos problemas que hoje sentimos na área da Saúde