O Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) já recebeu o pedido de António Costa para ser ouvido o mais brevemente possível no processo Operação Influencer, relacionado com o data center da empresa Start Campus em Sines e que ditou a queda do Governo.
A confirmação surgiu pela Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de terça-feira, 2 de abril, o agora ex-primeiro-ministro António Costa ter anunciado que tinha dado instruções ao seu advogado para apresentar um requerimento que lhe permita ser ouvido "com a maior celeridade" pela justiça para "esclarecer qualquer dúvida" ou suspeita.
"Constituí advogado e dei instruções ao advogado para hoje mesmo apresentar um requerimento junto do senhor coordenador do MP no STJ para que, com a maior celeridade possível possam proceder à minha audição para se esclarecer qualquer dúvida que tenham sobre a suspeita que tenham porque não há nada pior que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida", disse António Costa à saída da tomada de posse do Governo de Luís Montenegro.
Recorde-se que a Operação Influencer remonta ao início de novembro de 2023, ou seja, há praticamente cinco meses. Desde então tivemos um primeiro-ministro a demitir-se, eleições legislativas antecipadas convocadas após dissolução da Assembleia da República, uma longa campanha eleitoral, eleições que ditaram um Parlamento "partido" em três blocos e a tomada de posse de um novo governo… minoritário!
Entretanto, tudo isto foi acontecendo sem que as suspeitas levantadas pela PGR relativamente ao então primeiro-ministro António Costa tivessem qualquer tipo de esclarecimento por parte da justiça, que se quer cega mas não lenta. É difícil de perceber…

2. Lentidão foi algo que o novo Governo não teve na mudança da imagem institucional do mesmo, com o regresso imediato do escudo e da esfera armilar. É uma opção que se aceita perfeitamente, mas causa estranheza que seja motivo para tanto regozijo cibernético. Seria o anterior logotipo um dos maiores problemas do país?