A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano reuniu nesta segunda-feira, 19, com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), onde manifestou a sua preocupação com a realidade do sector na região.
Em comunicado enviado ao "SW", a Coordenadora das Comissões de Utentes lamenta que a administração da ULSLA não se tenha comprometido "com datas" ou "com melhorias" nas áreas dos cuidados de saúde primários, nomeadamente o facto de existirem "cerca de 15.200 utentes sem médico de família".
Os utentes lamentam ainda que as extensões de saúde continuem "degradadas, sem data para projecto ou início de obras", nomeadamente em São Luís, Sabóia e Vila Nova de Milfontes (todas no concelho de Odemira), Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, Abela e Melides.
No comunicado, os utentes criticam igualmente que se mantenha a deslocação de médicos "só de 15 em 15 dias a diversas localidades, como é o caso de Vale Santiago (Odemira)", que não haja "previsão da colocação de médico na Extensão de Saúde de Canal Caveira (Grândola)", e que não exista "a possibilidade de reabertura de extensões de Saúde com mais de 500 utentes, como por exemplo São Francisco da Serra (Santiago do Cacém)".
Os utentes reclamam igualmente pela colocação de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida no Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Alcácer do Sal e que seja definido pela ULSLA um plano para a substituição dos médicos à beira da idade da reforma.
Na área dos cuidados de saúde hospitalares, os utentes consideram "inadmissível a abertura do novo Serviço de Urgência do Hospital do Litoral Alentejano (HLA) sem o respectivo número suficiente de profissionais de saúde para o desempenho das funções com segurança".
No comunicado, a Coordenadora das Comissões de Utentes revela ainda existirem utentes no HLA "à espera de uma consulta de Reumatologia com cerca de 500 dias" ou de uma cirurgia de Urologia há "mais de 550 dias", além do Serviço de Urgência Pediátrica do HLA "continuar a atender as crianças com médicos sem qualquer especialidade" e de continuar a existir "apenas um médico para 100.000 utentes nas especialidades de Cardiologia, Urologia, entre outras".
Os utentes mostram-se igualmente preocupados com o facto de a Unidade de Convalescença "continuar a aguardar a reabertura da sua totalidade de camas", de as empresas de trabalho temporário continuarem "a fornecer médicos para os diversos cuidados de saúde", e da sala das consultas externas do HLA e o respectivo parque de estacionamento ser "exíguo para os utentes", não existindo "perspectiva de obras para as suas ampliações".